Figuras de Linguagem: O Que São, Quais São e Por Que São Importantes para o ENEM, Vestibulares e Concursos

Se você está se preparando para o ENEM, vestibulares ou concursos públicos, com certeza já se deparou com questões que envolvem interpretação de textos, análise de sentidos e compreensão das intenções do autor. E um dos conteúdos mais recorrentes e, ao mesmo tempo, fundamentais para esse tipo de prova são as figuras de linguagem.

Mas, afinal, o que são figuras de linguagem? Quais são os principais tipos? E por que elas aparecem tanto nas provas? Neste artigo, vamos explorar tudo isso em detalhes, de forma clara e objetiva, para ajudar você a dominar esse conteúdo e conquistar uma ótima pontuação.

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O Que São Figuras de Linguagem?

As figuras de linguagem são recursos estilísticos utilizados na comunicação — especialmente na linguagem literária — com o objetivo de tornar a mensagem mais expressiva, criativa, enfática ou poética.

Em outras palavras, elas são formas de se utilizar a língua de maneira não convencional, fugindo do sentido literal das palavras para produzir efeitos de sentido, emoção ou beleza. Estão presentes não só na literatura, mas também na publicidade, nas músicas, nas falas do dia a dia e, claro, nas questões de interpretação de texto dos exames.

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Por Que Estudar Figuras de Linguagem?

A importância das figuras de linguagem vai muito além de saber seus nomes ou decorá-las. Elas são ferramentas essenciais para a interpretação textual, uma das habilidades mais cobradas em avaliações como o ENEM, vestibulares e concursos públicos.

Muitas questões envolvem:

• Entender a intenção do autor.
• Compreender os efeitos de sentido.
• Reconhecer ironias, comparações, metáforas e outros recursos.

Saber identificar e interpretar as figuras de linguagem pode ser o diferencial para você acertar questões que, à primeira vista, parecem subjetivas, mas que, na verdade, exigem atenção aos detalhes do texto.

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Principais Tipos de Figuras de Linguagem

As figuras de linguagem podem ser agrupadas em quatro grandes categorias:

1. Figuras de Palavras (ou Semânticas)
2. Figuras de Som (ou Fonológicas)
3. Figuras de Construção (ou Sintaxe)
4. Figuras de Pensamento

Vamos entender cada uma delas e seus principais exemplos.

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1. Figuras de Palavras (ou Semânticas)

Nessa categoria, o sentido das palavras é alterado para criar novos significados ou comparações. As mais comuns são:

🔸 Metáfora

É uma comparação implícita, sem o uso de conectivos.

👉 “Ela é uma flor.”
(Não quer dizer literalmente que a pessoa é uma flor, mas que é bela, delicada, etc.)

🔸 Comparação

Relação explícita entre dois elementos, geralmente com conectivos como “como”, “tal qual”, “assim como”.

👉 “Ele é forte como um touro.”

🔸 Metonímia

Substituição de uma palavra por outra, com base em uma relação de proximidade.

👉 “Li Machado de Assis.”
(Significa que leu uma obra de Machado de Assis.)

🔸 Catacrese

Uso de uma palavra em sentido figurado por falta de um termo específico.

👉 “Embarcou no braço da cadeira.”
(Braço da cadeira = apoio lateral.)

🔸 Sinestesia

Mistura de sensações de diferentes sentidos (visão, olfato, audição, tato, paladar).

👉 “Doce melodia.”
(União do paladar — doce — com a audição — melodia.)

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2. Figuras de Som (ou Fonológicas)

Relacionam-se com os efeitos sonoros criados na linguagem.

🔸 Aliteração

Repetição de consoantes.

👉 “O rato roeu a roupa do rei de Roma.”

🔸 Assonância

Repetição de vogais.

👉 “A aranha arranha a rã.”

🔸 Onomatopeia

Imitação de sons.

👉 “O tic-tac do relógio não parava.”

🔸 Paronomásia

Uso de palavras com sons parecidos, mas sentidos diferentes.

👉 “Quem semeia ventos, colhe tempestades.”

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3. Figuras de Construção (ou Sintaxe)

Envolvem alterações na organização da frase.

🔸 Elipse

Omissão de um termo facilmente identificado.

👉 “Na sala, poucos alunos.”
(Omissão do verbo “havia”.)

🔸 Zeugma

Omissão de um termo que já apareceu antes.

👉 “Eu gosto de matemática; ela, de português.”
(O verbo “gosta” foi omitido na segunda oração.)

🔸 Anacoluto

Interrupção da estrutura sintática, criando uma quebra na frase.

👉 “A vida, não sei como te explicar.”

🔸 Pleonasmo

Repetição de uma ideia para reforço expressivo.

👉 “Subir para cima.”
(Normalmente é considerado vício de linguagem, mas, na literatura, pode ser recurso estilístico.)

🔸 Hipérbato

Inversão da ordem direta dos elementos na frase.

👉 “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas.”
(Ordem direta: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram.”)

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4. Figuras de Pensamento

Ligadas ao conteúdo, à intenção ou ao efeito emocional.

🔸 Antítese

Contraste entre palavras ou ideias opostas.

👉 “O amor e o ódio andam lado a lado.”

🔸 Paradoxo

Ideias aparentemente contraditórias, mas que geram reflexão.

👉 “É ferida que dói e não se sente.” (Camões)

🔸 Eufemismo

Uso de uma expressão mais branda para suavizar algo desagradável.

👉 “Ele partiu desta para melhor.”
(Significa que faleceu.)

🔸 Hipérbole

Exagero intencional.

👉 “Chorei rios de lágrimas.”

🔸 Ironia

Expressão de uma ideia contrária à que se quer dizer, geralmente com tom de crítica ou humor.

👉 “Que belo serviço você fez, hein!”
(Quando, na verdade, a pessoa fez algo errado.)

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A Importância das Figuras de Linguagem no ENEM, Vestibulares e Concursos

🎯 Por que isso cai tanto nas provas?

As figuras de linguagem são cobradas porque testam a sua competência leitora, ou seja, sua capacidade de interpretar textos, entender sentidos implícitos, perceber efeitos de humor, crítica, poesia, publicidade e até ironia.

O ENEM, por exemplo, valoriza muito a leitura crítica. Muitas questões trazem textos publicitários, tirinhas, crônicas, poemas, músicas e outros gêneros onde o uso das figuras de linguagem é constante.

Da mesma forma, os vestibulares tradicionais (como FUVEST, UNICAMP, UFRGS, UECE, UFSC) e muitos concursos públicos utilizam esses recursos para avaliar se o candidato é capaz de perceber nuances, inferências e sentidos não explícitos.

🚩 Como aparecem nas provas?

• Identificação direta: “A figura de linguagem presente no trecho é…”
• Interpretação: “O uso da metáfora tem a função de…”
• Análise de efeito: “O emprego da ironia nesse texto gera o efeito de…”
• Associação com gêneros textuais: perceber como as figuras ajudam na construção de humor, crítica, persuasão, poética, etc.

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Como Estudar Figuras de Linguagem de Forma Eficiente?

1. Leia textos variados: crônicas, poemas, charges, tirinhas, músicas, propagandas.
2. Pratique com questões anteriores do ENEM, vestibulares e concursos.
3. Monte fichas-resumo com exemplos e definições.
4. Observe o cotidiano: músicas, memes e até conversas estão cheias de figuras de linguagem.
5. Associe o nome da figura ao seu efeito: isso ajuda na memorização e, principalmente, na interpretação.

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Conclusão

Dominar as figuras de linguagem é essencial para quem busca se destacar nas provas do ENEM, vestibulares e concursos públicos. Mais do que decorar termos, é preciso compreender como esses recursos tornam os textos mais ricos, expressivos e comunicativos.

Além de ajudar nas questões de interpretação, esse conhecimento também é valioso na produção textual, especialmente na redação do ENEM, onde o uso consciente de recursos linguísticos pode enriquecer seu texto e contribuir para uma nota excelente.

Portanto, dedique um tempo para estudar, praticar e perceber como as figuras de linguagem estão presentes no nosso dia a dia — desde uma propaganda na TV até uma música que você ouve no Spotify.